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A lei de direitos de autor varia de país para país e a redação das leis pode ser intrincada, mas há coisas importantes a saber e que são comuns à maioria da ordem jurídica de diferentes países, no que concerne à proteção de direitos de autor.Os direitos de autor são uma forma de lei de propriedade intelectual que protege obras originais de criação intelectual, incluindo obras literárias, dramáticas, musicais e artísticas, tais como poesia, romances, filmes, canções, software de computador e arquitetura, e a fotografia, naturalmente, apenas para dar alguns exemplos.Os direitos de autor não protegem factos, ideias, sistemas ou métodos de funcionamento, embora possam proteger a forma como estes elementos são expressos. Os direitos de autor concedem ao criador de uma obra ou a um cessionário o direito legal exclusivo de fruir da sua obra conforme achar necessário, nomeadamente imprimir, publicar, executar, filmar, gravar e fazer obras derivadas da sua obra, e de autorizar outros a fazer o mesmo. Os direitos de autor são automáticos, concedidos por lei no momento em que uma obra é colocada num suporte tangível (papel, filme, ficheiro de computador, etc.).<figure id="figure-uizmdzkugclql856ne"><img id="uizmdzkugclql856ne" src="https://cdn.durable.co/shutterstock/aJkI6gdNACWq45EK5qkNb1Tj2xXrk2uhKDUlG1wIbsmWx5njAYV7EJu1EKmlvdjY.jpeg" alt="Gold brass balance scale" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 16/9; object-position: undefined undefined;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionX="undefined" data-positionY="undefined"/></figure><h3>Até quando estão as minhas obras protegidas, e quando caem em domínio público?</h3>Como a própria expressão sugere, domínio público é quando uma obra artística ou de criação intelectual pode ser utilizada por qualquer cidadão que queira fazer adaptações, regravá-la, divulgá-la, sem custos referentes ao Direito de Propriedade Intelectual. Isso porque a lei diz que qualquer obra entra em domínio público após 70 anos da morte do autor ou dos autores, sempre contando a idade do mais novo, no ordenamento jurídico Português. Depois que o prazo terminar, as obras caem no domínio público, podendo ser utilizadas livremente por qualquer pessoa.Mas atenção que estes prazos variam de jurisdição para jurisdição. Em países como Canadá, Nova Zelândia e outros na Ásia e na África, este prazo ocorre 50 anos após a morte do autor. Nos Estados Unidos, o período varia de acordo com o ano em que a obra foi criada ou publicada, porque as leis foram sendo alteradas ao longo do tempo.<figure id="figure-co1ix4exolql8b1lc"><img id="co1ix4exolql8b1lc" src="https://cdn.durable.co/shutterstock/aXz8EiPBFod6NOaVg9M5oaW93a7JkXVliyVuoWL3Inc9XyOpuuvknEitoi8TzU4o.jpeg" alt="Old retro movie camera on the background of a perforation of film" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="null" data-positiony="null" data-mce-src="https://cdn.durable.co/shutterstock/aXz8EiPBFod6NOaVg9M5oaW93a7JkXVliyVuoWL3Inc9XyOpuuvknEitoi8TzU4o.jpeg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h3>Vamos pegar no caso do cinema, por ser dos mais complicados.</h3>Não existe uma lei de direitos de autor específica para os filmes. A lei de direitos de autor aplica-se a todas as obras artísticas, criativas e outras obras de criação intelectual. Mas no caso dos filmes a coisa complica-se um pouco mais, porque as leis de direitos de autor nos Estados Unidos da América (EUA) foram sendo alteradas ao longo do tempo, e como sabemos a maioria dos grandes estúdios de cinema situa-se nos EUA.A legislação dos EUA não exige mais a utilização de um aviso de direitos de autor, mas colocá-lo numa obra ainda confere certos benefícios ao titular dos direitos de autor. Antes de 1 de março de 1989, o aviso era obrigatório em todas as obras publicadas. Se uma obra publicada pela primeira vez entre 1 de janeiro de 1978 e 28 de fevereiro de 1989 não tivesse o aviso, poderia perder a proteção dos direitos de autor, a menos que medidas corretivas fossem tomadas dentro de um determinado período de tempo. Regra geral, para obras criadas após 1 de janeiro de 1978, a proteção dos direitos de autor dura a vida do autor mais 70 anos adicionais. Para uma obra anônima, uma obra pseudônima ou uma obra feita por encomenda, os direitos de autor perduram por um período de 95 anos a partir do ano da sua primeira publicação ou por um período de 120 anos a partir do ano da sua criação, consoante o que expirar primeiro.&nbsp;As obras publicadas antes de 1 de janeiro de 1978 são regidas pela Lei de Direitos de Autor de 1909. Sob essa lei, se uma obra fosse publicada sob a autoridade do proprietário dos direitos de autor sem um aviso adequado de direitos de autor, toda a proteção dos direitos de autor dessa obra seria permanentemente perdida nos EUA.O registo dos direitos de autor de uma obra é voluntário. No entanto, se pretender intentar uma ação judicial por violação de uma obra dos EUA, terá de registar os direitos de autor da obra. A violação de direitos de autor ocorre quando um trabalho protegido por direitos de autor é reproduzido, distribuído, executado, apresentado publicamente ou transformado num trabalho derivado sem a autorização do proprietário dos direitos de autor.<figure id="figure-8576h9c4vnlql8kkls"><img id="8576h9c4vnlql8kkls" src="https://cdn.durable.co/blocks/397dLTLoO3MyiJsQmLOmqFgEiSquemjc1WMQ5voWwu1AT2L0L3YktuCC4QDaO1TP.jpg" alt="Old retro movie camera on the background of a perforation of film" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 16/9; object-position: undefined undefined;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/397dLTLoO3MyiJsQmLOmqFgEiSquemjc1WMQ5voWwu1AT2L0L3YktuCC4QDaO1TP.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: undefined undefined;"></figure>Existem muitos filmes no domínio público ("não protegidos por direitos de autor"). Os direitos de autor de qualquer filme feito antes de 1927 já expiraram e muitos filmes não conseguiram que os seus direitos de autor fossem registados novamente quando houve uma restauração dos direitos de autor. Filmes bem conhecidos que estão agora no domínio público incluem Adeus às Armas, Carnaval das Almas, Charade Cyrano de Bergerac, Debbie Does Dallas, His Girl Friday, It's A Wonderful Life, March of the Wooden Soldiers, Metropolis, Night of the Living Dead, Plan 9 from Outer Space, Reefer Madness, The Front Page, The Jackie Robinson Story, The Little Shop of Horrors, The Man With The Golden Arm e Topper.<figure id="figure-v8scvpzuollql8oeds"><img id="v8scvpzuollql8oeds" src="https://cdn.durable.co/shutterstock/18CCNidlpRqdjooU2OeGAHHoUTFSbm0aNi42MhGmp87fsQwd4IIJ6Hs3cN1ZMwzJ.jpeg" alt="Inheritor" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://cdn.durable.co/shutterstock/18CCNidlpRqdjooU2OeGAHHoUTFSbm0aNi42MhGmp87fsQwd4IIJ6Hs3cN1ZMwzJ.jpeg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h3>Quais as responsabilidades dos herdeiros ou proprietários legais dos direitos de autor de uma obra?</h3>Quando o prazo dos direitos de autor de uma obra expira, essa obra entra no domínio público, onde qualquer pessoa a pode utilizar para qualquer fim legal, sem autorização.Antes de entrar em domínio público, os herdeiros ou proprietários legais dos direitos de autor de uma obra de criação intelectual são responsáveis entre outros por: - reivindicar a autoria moral da obra;&nbsp; - solicitar que o nome do autor seja vinculado à obra, quando for utilizada;&nbsp; - fazer com que a obra original se mantenha inédita; - assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações que possam prejudicar a honra ou reputação do autor.<h3>Como posso saber que obras estão em domínio público?</h3>É uma pergunta dificil e de resposta não conclusiva com apenas uma referência, mas há 3 sugestões que gostaria de deixar. Desde logo o projeto <a href="https://publicdomainreview.org/" data-mce-href="https://publicdomainreview.org/">https://publicdomainreview.org/</a>. Aqui encontra referência a várias obras de criação intelectual que já cairam em domínio público, e se desejar dar uma olhadela na secção de fotografia pode facilmente começar por aqui <a href="https://publicdomainreview.org/best-of-the-pdr/photography/" data-mce-href="https://publicdomainreview.org/best-of-the-pdr/photography/">https://publicdomainreview.org/best-of-the-pdr/photography/</a>. <figure id="figure-6s1txvcjrtlql97nvd"><img id="6s1txvcjrtlql97nvd" src="https://cdn.durable.co/blocks/7AllHaIeGlMdBBDMC5FGBMLY9Bjjba87FzG286JfMAmkVcSelYylwzmprJi4kjBm.jpg" alt="" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 16/9; object-position: undefined 65%;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="65%" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/7AllHaIeGlMdBBDMC5FGBMLY9Bjjba87FzG286JfMAmkVcSelYylwzmprJi4kjBm.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: undefined 65%;"></figure>Pode e deve ainda visitar estas duas outras referências, uma europeia, aqui <a href="https://www.europeana.eu/en" data-mce-href="https://www.europeana.eu/en">https://www.europeana.eu/en</a> , e uma outra dos EUA, aqui <a href="https://www.loc.gov/" data-mce-href="https://www.loc.gov/">https://www.loc.gov/</a>&nbsp; (não é exclusivo de obras de domínio público), ambas de caráter mais institucional e formal.<h3>Prometo continuar</h3>Uma nota muito pessoal antes de terminar este tema que nos é tão importante a todos os criadores intelectuais.Eu não sou jurista e como tal em questões relacionadas com casos concretos que necessite de aconselhamento jurídico deve contatar um jurista ou um advogado, para obter a melhor e mais informada ajuda acerca deste tema.Nada do que escrevi anteriormente seria necessário sequer saber se o comportamento de todos nós, enquanto sociedade e atores individuais da mesma cumprisse com uma atitude eticamente ajustada. Este tema só é relevante numa norma jurídica quando ocorre a necessidade de gerir conflitos de interesse. E como nós sabemos essa é a razão de ser da lei e das suas diversas instituições.

Sobre os direitos de autor de criações intelectuais

Entender a complexidade da fotografia é uma jornada constante e, desta vez, quero mergulhar na simplicidade da colocação de elementos na imagem. Inspirado pelo "O Poder do Centro" de Rudolf Arnheim, quero mostrar como as linhas verticais e o posicionamento do sujeito principal podem transformar-se num desafio fotográfico excecional.<figure id="figure-rdllttovgnlozlbejp"><img id="rdllttovgnlozlbejp" src="https://cdn.durable.co/blocks/192880dx5NsePW2RscNsJ6VRgKv1zZzzjXwJOkTXr7A2YIEfW8JcDl5KeVPyisZF.jpg" alt="Poder do Centro " class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: undefined undefined;" data-corners="small" data-aspect="3:2" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/192880dx5NsePW2RscNsJ6VRgKv1zZzzjXwJOkTXr7A2YIEfW8JcDl5KeVPyisZF.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: undefined undefined;"></figure><h2>Abraçando a simplicidade fotográfica</h2>Ao iniciarmos esta viagem visual é crucial compreender a base da nossa exploração. Rudolf Arnheim, reconhecido teórico da perceção visual, destaca a centralidade como um ponto crucial na composição visual, sugerindo que o centro tem um papel fundamental na perceção. "A estrutura visual é mais eficaz quando o centro é ocupado por um elemento significativo." Como podemos aplicar esta teoria à nossa própria busca pela excelência fotográfica?<figure id="figure-w30na5twwglozld291"><img id="w30na5twwglozld291" src="https://cdn.durable.co/blocks/2c3mmt6Lr56MJmHwk69impX0eSZGj3uEX1CvEZnrNQEhbVV6A6Z6C4aNmhEkdxwI.jpg" alt="Nossa Senhora de Fátima" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: undefined undefined;" data-corners="default" data-aspect="3:2" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/2c3mmt6Lr56MJmHwk69impX0eSZGj3uEX1CvEZnrNQEhbVV6A6Z6C4aNmhEkdxwI.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: undefined undefined;"></figure><h2>Da teoria à prática</h2>Tenho de olhar para além da teoria e mergulhar em exemplos práticos, juntando à equação anterior as linhas verticais, que não são apenas elementos técnicos, mas condutores visuais que guiam o olhar enquanto o posicionamento do sujeito principal eleva a narrativa visual. A teoria é poderosa quando se traduz em ação. Ao explorar linhas verticais, esteja consciente da direção que elas proporcionam à composição. Ao posicionar o sujeito principal, considere o impacto que isso pode criar na narrativa visual.<figure id="figure-xf041jjiuulozlelt9"><img id="xf041jjiuulozlelt9" src="https://cdn.durable.co/blocks/39y0Zd0ubZLuFgFBzNZJfVvflWc40BanxSRI6ZfWliou1hxnzooI2e2TRxdrceJA.jpg" alt="" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="3:2" data-caption="" data-positionx="null" data-positiony="null" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/39y0Zd0ubZLuFgFBzNZJfVvflWc40BanxSRI6ZfWliou1hxnzooI2e2TRxdrceJA.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: center center;"></figure><h2>Estética, técnica e a descoberta do simples</h2>Mas como é que esta abordagem estética e técnica se encaixa na minha filosofia pessoal? A resposta está na interseção entre o que acabei de referir com a busca insessante pelo extraordinário no quotidiano ordinário. "O Poder do Centro" não é apenas uma reflexão estética ou técnica, é uma objetiva sensorial através da qual descobrimos significado nas cenas que muitas vezes ignoramos. É a alma da minha fotografia.<figure id="figure-67dbgfkditlozlh0to"><img id="67dbgfkditlozlh0to" src="https://cdn.durable.co/blocks/2aoS6MV3dSMTVSchGbLTBvCKBXqx3PoOrG5BgCFn9y6ijTSM4iY5rFonhG8itVf7.jpg" alt="" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="3:2" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/2aoS6MV3dSMTVSchGbLTBvCKBXqx3PoOrG5BgCFn9y6ijTSM4iY5rFonhG8itVf7.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: center center;"></figure>Mais do que mil palavras, deixo-vos, nesta publicação algumas imagens desta busca e do mote para este texto.Boas fotografias

O poder do centro e as linhas verticais

Fui fotógrafo de publicidade durante muitos anos, muito orientado para a fotografia de produto, uma paixão, seguramente, e um desafio enorme no que concerne à técnica e rigor do ato fotográfico. Mas a verdade é que, na maioria das vezes, é uma fotografia com pouca liberdade e muito focada, não no sentido do foco de um ponto de vista técnico, mas com um foco no concreto, num briefing, no fazer acontecer.<figure id="figure-bcxdflc6xulon5v2va"><img id="bcxdflc6xulon5v2va" src="https://cdn.durable.co/blocks/dXDr6Ru1t4w905miEuxK4PhP21wW3XoIvJn39MSSznMjgznBJCFIDNS5LRWicQls.jpg" alt="" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 16/9; object-position: undefined undefined;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/dXDr6Ru1t4w905miEuxK4PhP21wW3XoIvJn39MSSznMjgznBJCFIDNS5LRWicQls.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: undefined undefined;"></figure> Hoje estou nos antípodas dessa fotografia. Hoje interessa-me sobretudo explorar o ordinário, o comum, o banal, aquilo que está à nossa frente e que muitas vezes nos passa despercebido. A vida quotidiana está repleta de cenas e objetos que consideramos não notáveis. No entanto, nesse aparente anonimato reside uma oportunidade única e inestimável. <h2>Atenção aos detalhes</h2>A fotografia permite que exploremos o mundo em detalhes que muitas vezes passam despercebidos. Aquelas pequenas subtilezas que estão à nossa volta e poderem ser transformadas em imagens surpreendentes. Por exemplo, a textura de uma parede desgastada pelo tempo, os pés dos meus filhos, ou até mesmo os reflexos numa poça d'água podem tornar-se imagens especiais quando vistas de uma nova perspetiva.O meu maior desafio está em transformar o que é ordinário e comum em algo menos comum — não quero dizer extraordinário porque não quero ser mal interpretado. Isso requer um olhar atento e a capacidade de ver o potencial da imagem em lugares e em cenas e em pessoas que aparentemente possam ser banais e mundanos.<figure id="figure-98ujx3kzgnlon618bx"><img id="98ujx3kzgnlon618bx" src="https://durable.sfo3.cdn.digitaloceanspaces.com/blocks/9AAAjeOhR0eB1qTpgSAKs0FWmhZCTJPaea5sYH7KEBgWlErE4KpViSv8vRAdaP8R.jpg" alt="pés de crianças" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: undefined undefined;" data-corners="default" data-aspect="3:2" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://durable.sfo3.cdn.digitaloceanspaces.com/blocks/9AAAjeOhR0eB1qTpgSAKs0FWmhZCTJPaea5sYH7KEBgWlErE4KpViSv8vRAdaP8R.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: undefined undefined;"></figure> É importante lembrar que, muitas vezes, o extraordinário está bem à frente dos nossos olhos, mas simplesmente não o vemos, apenas olhamos. A correria do dia a dia e a familiaridade com os nossos espaços diários podem criar uma espécie de alheamento para o potencial fotográfico que nos rodeia. Para superar isso, basta observar e ver o que está à nossa volta com um olhar curioso e atento.Olhar e ver não são bem a mesma coisa.<h3> </h3><h3>Where's Wally</h3>Não tenho nada contra um belo postal. Todos nós amamos fotografias bonitas, perfeitas, imaculadas. Mas eu tento sempre construir as minhas imagens à volta de um conceito, de uma história, de um centro das atenções. Ou como costumo dizer aos meus alunos, encontrem o Wally nas vossas imagens.Para não me alongar em demasia, o desafio e a busca no ordinário por algo mais, na fotografia, é uma busca constante pelo significado nas coisas que muitas vezes ignoramos. Ao adotar uma abordagem mais atenta e potencialmente criativa para o mundo que nos envolve, podemos revelar o extraordinário na normalidade.<figure id="figure-3s5gouujbylon4wzrj"><img id="3s5gouujbylon4wzrj" src="https://durable.sfo3.cdn.digitaloceanspaces.com/blocks/eZ9ZIcMYiYRxlDMolslvMxwAK7Bdpe8jYhv4OH7jty6f4MqNhDVmPtGAwcNzPFfF.jpg" alt="transform ordinary" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="3:2" data-caption="" data-positionx="null" data-positiony="null" data-mce-src="https://durable.sfo3.cdn.digitaloceanspaces.com/blocks/eZ9ZIcMYiYRxlDMolslvMxwAK7Bdpe8jYhv4OH7jty6f4MqNhDVmPtGAwcNzPFfF.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: center center;"></figure>O desafio que vos deixo é o desafio do ordinário, é um convite para valorizarmos as coisas comuns da vida e procurar-mos valor nelas, artístico e emocional. É um lembrete de que o extraordinário não está sempre nas coisas coisas grandes e impressionantes, mas muitas vezes pode ser encontrado em coisas simples e comuns. Naquilo com que nos cruzamos dia sim, dia sim.Ao fim e ao cabo, este é um dos poderes maiores da fotografia. Daí ser o meio de criação artística e intelectual com mais popularidade no mundo. Porque todos nós somos pessoas ordinárias à procura de algo extraordinário.

O desafio do ordinário

Antes de mais, todas as imagens que vai ver nesta publicação foram geradas por ferramentas de inteligência artificial generativas. Aquilo que de forma comum chamamos de ferramentas de "texto para imagem". O elefante está esclarecido, podemos continuar?<h2>Preâmbulo ao tema - para mim é importante.</h2>O mundo está a mudar. Tudo está a mudar. Das alterações climáticas que alguns ainda teimam em constestar, do preço das casas que não pára de aumentar ao inevitável elefante por debaixo do tapete, a inteligência artificial, este é um novo mundo feito de mudanças. E de desafios.&nbsp; Há mais de não sei quantos anos que iniciei a minha atividade, tantos que nem me preocupam os números. Sempre abracei desafios e sempre me preocupei por estar - pelo menos - não há frente do meu tempo mas pelo menos dentro dele. Hoje, aqui e agora vamos falar de IA na criação intelectual, na fotografia mas não apenas. Porque a extrapolação pode ser feita em qualquer área correlacionada. Comecei muito cedo a experimentar, a inscrever-me em programas beta, em muitas horas investidas de experimentação e observação crítica, nesta coisa da IA. E agora vamos a isso.&nbsp;<figure id="figure-cwhrri1bqollapr3bg"><img id="cwhrri1bqollapr3bg" src="https://cdn.durable.co/blocks/3ashZ0xtIfFuEHs5dZ2fLFhNDDT0txQlFqAPt9MlN719UO2m4xXU6aHWfC6E7NJ9.jpg" alt="Stable Difusion" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: undefined 65%;" data-corners="small" data-aspect="3:2" data-caption="Imagem gerada por IA - Stable Difusion" data-positionx="undefined" data-positiony="65%" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/3ashZ0xtIfFuEHs5dZ2fLFhNDDT0txQlFqAPt9MlN719UO2m4xXU6aHWfC6E7NJ9.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: undefined 65%;"><figcaption class="body-normal text-gray-500 mt-2">Imagem gerada por IA - Stable Difusion</figcaption></figure><h2>A autenticidade</h2>Criar é pensar, antes de mais e de qualquer outro ato mecânico ou material. Aliás, a fotografia é um ato de criação mecânica, reproduzível e, como tal altamente discutível sobre esse ponto de vista, o da criação única e individual. A minha pergunta é apenas uma - não será o ato de pensar, de imaginar, um ato de criação intelectual per si? E é aí que, desde logo, a questão mais pertinente se coloca. Na minha modesta opinião. Tantas vezes olhei para uma cena, para um desejo de imagem, de transmissão de pensamentos e partilha dos mesmos com outros, e pura e simplesmente não me foi possível, seja por inaptidão técnica ou porque apenas e só me esqueci da câmara. Quantas vezes me desiludi nas minhas mais profundas frustações de criador porque apenas e só não consegui? Foram mais do que as que consegui, seguramente, mas isso não me preocupa.&nbsp; E será que estas novas ferramentas não poderão apenas proporcionar ao comum dos mortais a possibilidade de também serem, de também pensarem, de também quererem partilhar, mesmo que as condições físicas e materiais não estejam reunidas? <figure id="figure-hhxnbxhuulnae13em"><img id="hhxnbxhuulnae13em" src="https://cdn.durable.co/blocks/18BfvHgLj34AASFrdJ8dDb9N66GN1vbNddoHBCBJISa3XjGM31qtn1d39D8fsIRM.jpg" alt="Imagem gerada por IA - Mid Journey" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: undefined undefined;" data-corners="default" data-aspect="3:2" data-caption="Imagem gerada por IA - Mid Journey" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/18BfvHgLj34AASFrdJ8dDb9N66GN1vbNddoHBCBJISa3XjGM31qtn1d39D8fsIRM.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: undefined undefined;"><figcaption class="body-normal text-gray-500 mt-2">Imagem gerada por IA - Mid Journey</figcaption></figure>Quem não imaginou esta mulher de vestido vermelho num dia de nevoeiro, à beira mar? E quantas vezes isso foi possível? Quem nunca imaginou esta imagem - ou já agora de um homem de calções vermelhos - que atire a primeira pedra. E eu estarei aqui para levar com ela, de frente. <h2>A abordagem profissional</h2>A IA não é apenas uma realidade para entusiastas, para "quem quer ser mas não está bem lá" mas já tem um contexto importante e decisivo para profissionais. Gostam de perder horas a aplicar palavras passe às vossa imagens e a organizar bases de dados de imagens? Gostam de perder horas a editar tarefas repititivas e entediantes? Gostam de redimensionar 2000 imagens para vários formatos e proporções para vários meios de saída? Pois, eu também não. Não mesmo. A IA tem inegáveis vantagens em áreas de automação, produtividade e de otimização daquilo que é o vosso ativo principal - o tempo. E se conseguir criar de forma genuína, individual e ainda assim conseguir ser mais produtivo e rentável naquilo que é a gestão do seu negócio, tanto melhor. Mas, e quanto às imagens, a sua qualidade - ou seja lá o que isso for? A IA está, no que concerne à aplicação na fotografia e em áreas de criação intelectual, num estado embrionário. Lembro-me bem da minha primeira câmara digital, uma Casio QV10 (640x480 interpolados). Hoje, nem se fala, na altura, um expoente de tecnologia. Estamos no começo. A qualidade discutível de imagem, não apenas na sua dimensão em pixéis mas também em aspetos como o texto em imagens, o look and feel fotográfico, as mãos estranhas e os olhos totalmente irreais, os seis dedos numa mão, etc e tal, nem se colocam. Mas repito, isto é apenas o começo e em pouco mais de um ano a qualidade e geração das imagens aumentou exponencialmente, na razão inversa do quadrado da distãncia. Tal como a luz, aquela que molda as nossas preciosas fotografias.<figure id="figure-9bta26zoollaqv1ad"><img id="9bta26zoollaqv1ad" src="https://cdn.durable.co/blocks/2bHjjUIaVOU9BbJSb4DzUSkC0ybGGb7vnWsq53ZqF6qPZ5rt1ZRgUfuaPFLPYpiZ.jpg" alt="Imagem gerada por IA - DALL·E 2" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: 50% 50%;" data-corners="small" data-aspect="3:2" data-caption="Imagem gerada por IA - DALL·E 2" data-positionx="50%" data-positiony="50%" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/2bHjjUIaVOU9BbJSb4DzUSkC0ybGGb7vnWsq53ZqF6qPZ5rt1ZRgUfuaPFLPYpiZ.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: 50% 50%;"><figcaption class="body-normal text-gray-500 mt-2">Imagem gerada por IA - DALL·E 2</figcaption></figure><figure id="figure-zuq17drpa8lnaf91dk"><img id="zuq17drpa8lnaf91dk" src="https://cdn.durable.co/blocks/8Jnu1phusOjKwLM7cpV8cFp3fn0ieEGBkOMPGo7YSwnM9ZdMtZRz6slrzDGfmSLX.jpg" alt="Imagem gerada por IA - Stability AI" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: 50% 100%;" data-corners="default" data-aspect="3:2" data-caption="Imagem gerada por IA - Stability AI" data-positionx="50%" data-positiony="100%" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/8Jnu1phusOjKwLM7cpV8cFp3fn0ieEGBkOMPGo7YSwnM9ZdMtZRz6slrzDGfmSLX.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: 50% 100%;"><figcaption class="body-normal text-gray-500 mt-2">Imagem gerada por IA - Stability AI</figcaption></figure><h2>Uma nota final</h2>Este é um tema pertinente, decisivo para os que estão a entrar neste maravilhoso mundo novo mas também para os velhos como eu. A IA não vem acabar com artes tão nobres e importantes como a fotografia, ou outras artes de criação intelectual. O pensamento crítico e o ato de intervenção sobre aquilo que se passa à frente dos nossos olhos continuará a ser o mais importante. Mas muito provavelmente vai acabar com aqueles que não estiverem dispostos a abracá-la em seu prol, com todos os prós e os contras que daí poderão advir. E para fechar, vou deixar de fotografar e esperar que esta tecnologia se emancipe e se torne mais madura, para apenas sonhar e imaginar? Não, em definitivo, porque aquela imperial à beira da praia enquanto espero a luz certa para aquela fotografia é-me inestimável. Mesmo que me tenha esquecido de colocar o cartão de memória na câmara antes de saír de casa.É 3 de Outubro, está ainda tempo de verão e esta casa está um forno. Por isso mesmo deixo-vos com algumas imagens frescas. Geradas por IA, naturalmente. E se calhar vou dar um salto ao Bar dos Gémeos. Com câmara e cartão de memória, espero :-)<figure id="figure-cbxnmqykulnafj9c8"><img id="cbxnmqykulnafj9c8" src="https://cdn.durable.co/blocks/20GBH67Frnz1k8OPX4m6qIuhFDrFMngIpDBD6HxTmpTn1KlMz9LKUS6NMLacHDfS.jpg" alt="" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 1/1; object-position: undefined undefined;" data-corners="default" data-aspect="1:1" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/20GBH67Frnz1k8OPX4m6qIuhFDrFMngIpDBD6HxTmpTn1KlMz9LKUS6NMLacHDfS.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 1/1; object-position: undefined undefined;"></figure><figure id="figure-889ganl8hlnaflu27"><img id="889ganl8hlnaflu27" src="https://cdn.durable.co/blocks/21QrTwW2P1BrzDHaguYu118mnOXGpBLyiZANbTNCzUZB9Or5FsTeUa5h3P97Z0Fw.jpg" alt="" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 1/1; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="1:1" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/21QrTwW2P1BrzDHaguYu118mnOXGpBLyiZANbTNCzUZB9Or5FsTeUa5h3P97Z0Fw.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 1/1; object-position: center center;"></figure><figure id="figure-f2ecr43h1lnafmymb"><img id="f2ecr43h1lnafmymb" src="https://cdn.durable.co/blocks/265GLhXY7kodKENAipFGaDmhav1wF77i1XGga6gUaj4diRy4WDZVWdH2u3ss0KYJ.jpg" alt="" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 1/1; object-position: undefined undefined;" data-corners="default" data-aspect="1:1" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/265GLhXY7kodKENAipFGaDmhav1wF77i1XGga6gUaj4diRy4WDZVWdH2u3ss0KYJ.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 1/1; object-position: undefined undefined;"></figure><figure id="figure-x2e1wi3i8olnafo1y0"><img id="x2e1wi3i8olnafo1y0" src="https://cdn.durable.co/blocks/2bNPjYwL9crK4nE8qq5lPCs24NXenH9hvBMSKAtr24tLHsNCfVzS4945PaAjRQVa.jpg" alt="" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 1/1; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="1:1" data-caption="" data-positionx="null" data-positiony="null" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/2bNPjYwL9crK4nE8qq5lPCs24NXenH9hvBMSKAtr24tLHsNCfVzS4945PaAjRQVa.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 1/1; object-position: center center;"></figure>Nota posterior à publicação original: neste mesmo blogue foi publicado uma sequência a esta publicação. Pode seguir a mesma <a data-mce-href="https://ricardodias.net/blog/ia-e-a-fotografia" href="https://ricardodias.net/blog/ia-e-a-fotografia" target="_blank" title="IA e a Fotografia" data-mce-selected="inline-boundary">aqui</a>. Nota adicionada em 17/03/2024.

O elefante por debaixo do tapete - a IA e a fotografia, hoje e agora

Há mais de 30 anos que comecei a minha formação formal e que, ao mesmo tempo, dou aulas e formação.<h2>A importância do ensino, como aluno</h2>A educação formal é um aspecto importante do ensino, e a minha começou em 1987 no IADE, com o meu primeiro Curso de Fotografia. Lembro-me bem do encanto do Palácio, na Rua do Alecrim, das pessoas, das experiências e do ar que por lá se respirava. Tinha uns imberbes 19 anos e achava que tinha o mundo todo pela frente. E ainda acho.Não sendo isto um desenrolar do meu CV - para isso sigam para o meu Linkedin - seguiu-se a Realização Plástica e Cenografia, no IFICT, o Desenho Gráfico e a certificação Adobe Photoshop, na FLAG, os Fundamentos de Visualização e Gestão da Cor, na Gretag Macbeth e a frequência do Mestrado em Design e Cultura Visual, no IADE.Esta formação formal é crítica e importante, mas o percurso e experiência profissional é igualmente importante. É aí que pomos à prova o conhecimento que obtemos e o enquadramos na prática de trabalho, em situações reais e concretas, é aí que resolvemos problemas e desafios, e isso também é aprender e muito. É neste contexto que lidamos com pessoas, com culturas empresariais diferentes, com a experiência adquirida de uma vida vivida.Passei por 3 transformações tecnológicas importantes, do filme e papel para o digital e ecrãs, e agora com a nova transformação iniciada com a inteligência artificial. Adoro estes desafios.Hoje continuo a prender e a estudar muito, agora em contextos e plataformas menos formais, mas igualmente válidas e decisivas.Sugiro que faça o mesmo, que apreenda tudo o que pode, com quem pode, para melhorar a sua vida e o seu percurso.<figure id="figure-cwhrri1bqollapr3bg"><img id="cwhrri1bqollapr3bg" src="https://cdn.durable.co/blocks/3bFH936AiyWmNxdPy1DMEg4mesOwWqZScISCWXEMFywMiLc7LWQk1Ub1wxpPq14O.jpg" alt="mudança" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: undefined 65%;" data-corners="small" data-aspect="3:2" data-caption="Adoro mudanças e desafios na minha vida profissional" data-positionx="undefined" data-positiony="65%" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/3bFH936AiyWmNxdPy1DMEg4mesOwWqZScISCWXEMFywMiLc7LWQk1Ub1wxpPq14O.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: undefined 65%;"><figcaption class="body-normal text-gray-500 mt-2">Adoro mudanças e desafios na minha vida profissional</figcaption></figure><h2>A importância do ensino, como professor e formador</h2>Para os que me conhecem bem há uma omissão importante no texto acima, o da formação na Oficina da Imagem, do Carlos Marques. A omissão foi propositada.O Carlos Marques é e será sempre o meu maior e mais decisivo mestre, e eu tive a sorte de conhecer muitos. Não apenas me ensinou muito na área concreta de ensino a que se propôs entregar mas transmtiu-me valores essenciais para aquilo que viria a ser o começo de uma vida profissional diversa e estimulante. Foi com ele que comecei a fotografar em nome próprio, foi com ele que me iniciei no jornalismo. E foi com ele que aprendi que, como qualquer criador intelectual, o nosso ato maior é o de patilhar, não apenas imagens mas também conhecimento. E foi com esse mote que geri a minha atividade profissional desde então. Passaram por mim milhares de alunos e formandos ao longo da vida, e o que digo sempre é que o objetivo de qualquer pessoa que deseja partilhar o seu conhecimento, a sua arte, é o de poder mudar a vida de uma pessoa, apenas uma. E se consegui isso, então, aí sim terei realizado algo de que me orgulho. Comecem por uma pessoa e chegarão a muitas. Sabendo que sei algo, mas sabendo ainda mais que sei muito pouco, se oferecer esse muito pouco ao outro, e esse outro oferecer algo mais ao outro estaremos a criar uma corrente de mudança, para melhor e para todos.Sugiro que faça o mesmo, que ofereça tudo o que pode, com quem pode, para melhorar a vida de outrém.<figure id="figure-9bta26zoollaqv1ad"><img id="9bta26zoollaqv1ad" src="https://images.unsplash.com/reserve/Af0sF2OS5S5gatqrKzVP_Silhoutte.jpg?crop=entropy&amp;cs=tinysrgb&amp;fit=max&amp;fm=jpg&amp;ixid=M3wyNjI5NjF8MHwxfHNlYXJjaHwxfHxoYW5kcyUyMGxvdmV8ZW58MHx8fHwxNjkzNzM0NzUyfDA&amp;ixlib=rb-4.0.3&amp;q=80&amp;w=1080" alt="A imagem da mudança" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 1/1; object-position: 50% 50%;" data-corners="small" data-aspect="1:1" data-caption="A minha irmã" data-positionx="50%" data-positiony="50%" data-mce-src="https://images.unsplash.com/reserve/Af0sF2OS5S5gatqrKzVP_Silhoutte.jpg?crop=entropy&amp;cs=tinysrgb&amp;fit=max&amp;fm=jpg&amp;ixid=M3wyNjI5NjF8MHwxfHNlYXJjaHwxfHxoYW5kcyUyMGxvdmV8ZW58MHx8fHwxNjkzNzM0NzUyfDA&amp;ixlib=rb-4.0.3&amp;q=80&amp;w=1080" data-mce-style="aspect-ratio: 1/1; object-position: 50% 50%;"><figcaption class="body-normal text-gray-500 mt-2">Estou a ficar velho, aiii.....</figcaption></figure>Estou a tentar escrever estes textos de forma o mais curta e menos aborrecida possível mas não posso terminar sem as derradeiras palavras do meu último - e aliás, primeiro - blog post neste espaço. Aqui vai poder encontrar as minhas intervenções mais pessoais, menos amarradas ao posicionamento institucional deste website. É domingo, está mau tempo depois do verão tórrido a que assistimos, mas espero ter-vos por aqui numa próxima visita.Sejam felizes e vão fazer alguém feliz.

A importância do conhecimento

Hoje é dia mundial da fotografia, dia que escolhi para relançar o meu website, uma casa renovada. Quero agradecer a sua visita e esperar que volte, sempre que desejar. Seja bem-vindo.<h2>Mais que uma atividade, uma paixão</h2>Lembro-me como hoje que, tinha eu treze anos, consegui convencer os meus pais a "fazer obras de remodelação" numa das casas de banho lá de casa. Isto é, ocupei a casa de banho com um ampliador, acessórios e coloquei as três tinas na base da banheira. Na verdade de obras, sem ser a luz vermelha, houve muito pouco, mas lá se foi a casa de banho. Obrigado pais.Na verdade a fotografia começou um ano antes, quando o meu pai me ofereceu a minha primeira câmara fotográfica, uma Zenith-E, qua ainda hoje guardo. Como costumo dizer, desde esse dia que não paro de destruir casas de banho.<figure id="figure-cwhrri1bqollapr3bg"><img id="cwhrri1bqollapr3bg" src="https://cdn.durable.co/blocks/2cN5AuUgJzWDjfKy4oEcakFirWodK9XObAYPZ6g8HEAAjzKVJUuo7peWESgOQTZG.jpg" alt="Zeniyh-E " class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: center center;" data-corners="small" data-aspect="3:2" data-caption="Zeniyh-E" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/2cN5AuUgJzWDjfKy4oEcakFirWodK9XObAYPZ6g8HEAAjzKVJUuo7peWESgOQTZG.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: center center;"><figcaption class="body-normal text-gray-500 mt-2">Zeniyh-E</figcaption></figure><h2>O momento de viragem</h2>Como qualquer jovem a terminar o secundário, e recordo que estamos a falar de finais da década de 80, fui persuadido de forma muito clara, pelos meus pais, a seguir formação superior. Escolhi Gestão Hoteleira, terminei o primeiro ano e completei o estágio no final do mesmo. Cumpri, mas não era de todo o que queria. Recordo-me como se fosse hoje, num verão tórrido em Santa Marta de Penaguião, em casa da minha avó, como esta imagem mudou a minha vida.&nbsp;<figure id="figure-9bta26zoollaqv1ad"><img id="9bta26zoollaqv1ad" src="https://cdn.durable.co/blocks/37iCfcuBPUa3fvw3xrY1ocluJLXGoTIyNBtwmqCgvGXcxClDzOks3YgEVkL5hQrh.jpg" alt="A imagem da mudança" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 1/1; object-position: 50% 50%;" data-corners="small" data-aspect="1:1" data-caption="A minha irmã" data-positionx="50%" data-positiony="50%" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/37iCfcuBPUa3fvw3xrY1ocluJLXGoTIyNBtwmqCgvGXcxClDzOks3YgEVkL5hQrh.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 1/1; object-position: 50% 50%;"><figcaption class="body-normal text-gray-500 mt-2">A minha irmã</figcaption></figure>Aqui percebi que&nbsp; que era isto que queria fazer, e mais que fazer, queria ser, viver. Decidi mudar de curso e ingressar no IADE, ainda no Palácio, na Rua do Alecrim. E a partir daí tudo mudou. Ainda durante a formação comecei a trabalhar na empresa de um dos meus professores, e a partir daí é uma história de trabalho, de altos e baixos, de escolhas diversas e multidisciplinares, sem nunca recusar os mais variados desafios que se me foram colocando ao longo da vida. Independentemente de ter escolhido este caminho como percurso profissional, continua a ser uma paixão tão incrustada em mim, ainda hoje como naquele dia de verão.&nbsp;<h2>Sobre esta minha nova casinha</h2>Este website novo é o que quero neste momento. Não sou fotógrafo no verdadeiro sentido da palavra, mas a verdade é que tudo tem girado à volta desta arte. E assim continua. O que pode encontrar neste website:<ul><li>Algumas imagens minhas: Não sendo um website de venda de fotografias ou de serviços de fotografia, serão pedra basilar do mesmo. As galerias vão mudando frequentemente pelo que recomendo uma visita regular.</li><li>Serviços de formação: Uma das minhas atividades principais neste momento. Aqui encontra aquilo que posso oferecer nesta área. Haverá um blog post exclusivo acerca do meu enquadramento perante a formação.</li><li>Serviços de consultoria/outros: Como o nome diz, estou aqui para ajudar, naquilo que necessitar, nas minhas áreas de competência. Siga para a home do website e está lá tudo.&nbsp;</li><li>Sempre em construção: Qualquer obra de criação intelectual é uma obra em construção. Este website não é diferente. Este é o ponto de partida e não o ponto de chegada. O que me for lembrando e que faça sentido no contexto do mesmo irá sendo acrescentado, editado, modificado. </li></ul><h2>O lugar deste blog</h2><figure id="figure-vrtvk3zqi3llas7nxp"><img id="vrtvk3zqi3llas7nxp" src="https://cdn.durable.co/blocks/30r2lbFkYOn6xQQHhEqynjsw8GT6xKVQwY8pjeVvrPPjMThnB1bKAXlxPsLfw6Y6.jpg" alt="Dia mundial da fotografia" class="object-cover bg-gray-100 rounded-sm md:rounded-md lg:rounded-lg" style="aspect-ratio: 3/2; object-position: center center;" data-corners="small" data-aspect="3:2" data-caption="Simplesmente fotografia" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/30r2lbFkYOn6xQQHhEqynjsw8GT6xKVQwY8pjeVvrPPjMThnB1bKAXlxPsLfw6Y6.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 3/2; object-position: center center;"><figcaption class="body-normal text-gray-500 mt-2">Simplesmente fotografia</figcaption></figure>Aqui vai poder encontrar as minhas intervenções mais pessoais, menos amarradas ao posicionamento institucional deste website. Não vou revelar demasiado e vou apenas deixar o repto para regressar de vez em quando, e deixar-se surpreender.E como o mais importante é mesmo este dia 19 de Agosto, feliz dia mundial da fotografia para todos. Volte sempre. Até breve.

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O poder do centro e as linhas verticais

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A importância do conhecimento

Feliz dia mundial da fotografia e bem-vindo