IA e a fotografia, de novo
Antes de mais, recomendo a leitura do meu anterior artigo neste mesmo bloque aqui, datado de 3 de outubro de 2023, sobre este mesmo assunto. Já lá vão quase 6 meses.
6 meses depois
O título é diferente mas a temática a mesma, porque a pertinência da mesma assim o exige. E para que fique claro, todas as imagens que ilustram este artigo de blogue, tal como as constantes em uma das minhas galerias na entrada da minha página web foram geradas por IA - isto é, não são fotografias.
Mas desta vez venho aqui com outro propósito, o de dar a minha opinião sincera e honesta acerca do passo desta evolução. O anterior artigo de blogue foi ponderado tento em conta, na sua grande maioria, as versões iniciais ou as segundas versões das mais diferentes ofertas de IA generativo de texto para imagem. Desta vez inclui imagens produzidas pelas mais recentes versões dos mesmos, e de outras soluções que entretanto foram aparecendo. E desta vez fui ainda mais longe na procura daquilo que considero ser mais importante no ato de construção de uma fotografia, o entendimento da luz e o papel que ela ocupa na forma como interpretamos visualmente uma imagem.
Todos nós sabemos que a evolução irá permitir imagens com mais detalhe, mais quantidade de pixéis, melhores dedos e olhos, mais assertividade entre aquilo que se escreve e aquilo que se obtém, mas um dos aspetos que sempre procurei nesta minha procura por aprender mais sobre estas ferramentas nestes meses mais recentes era precisamente o seu entendimento da luz, da iluminação de uma cena, das suas carateríticas, desde a dureza à direção, à sua cor. E agora confesso que fiquei espantado.
E não sendo este artigo de blogue uma "review" de qualquer plataforma de criação de imagens generativas - porque não o é - este foi o aspeto que mais me surpreendeu, peloa positiva, nas mais recentes versões destas plataformas. Será perfeito? Não, mas o caminho está a ser traçado e lá chegará, com toda a certeza. As poucas imagens que ilustram este artigo de blogue mostram isso mesmo, a evolução entre as primeiras versões destas plataformas até às mais recentes, mas na minha página inicial pode (re)ver estas e outras imagens na minha galeria de imagens temporária de nome "Estas imagens não são fotografias".
E agora, que mais?
Creio ter ultrapassado esta fase mais material da criação de imagens generativa com ajuda de IA. Agora vou procurar outras coisas que tenho a certeza que me poderão ajudar muito mais. Agora vou mergulhar por ferramentas de produtividade para o meu workflow. Vou - e já estou - a experimentar soluções de IA para acelerar a organização de processos de edição (escolha), de organização de bases de dados, de melhoria dos meus processos de edição (técnica).
Também estou muito curioso e atento à implementação destas soluções de IA a montante, nas câmaras fotográficas. Os fabricantes de smartphones já o estão a fazer, e projetos como a Alice Camera (estou em lista de espera para o lote 4, porque aquilo é feito à mão) mostram que o rumo que temos seguido até agora pode vir a sofrer uma mudança, mais ou menos acelerada, nos próximos tempos.
Volto ao mesmo, vou deixar de fotografar com uma câmara?
Para aqueles que me conhecem bem sabem que a resposta é só uma - não. Preciso de saír para a rua com uma câmara nas mãos, olhar, ver, explorar os sentidos, e fotografar. Faço-o desde os 12 anos e não me parece que vá parar tão cedo. E só para provar isso mesmo, se estou na lista de espera para a Alice esta Pinsta já vem a caminho.
E não, todas as menções a marcas, bens, produtos ou serviços aqui mencionadas não são patrocinadas, infelizmente, porque sai tudo do meu bolso/carteira.
E para que não restem dúvidas este texto foi escrito por mim, sem recurso a qualquer plataforma de IA, se bem que poderia tê-lo feito. E a continuar a este ritmo, daqui a 6 meses cá estarei para voltar a este tema.
Até breve.