A importância do conhecimento

Há mais de 30 anos que comecei a minha formação formal e que, ao mesmo tempo, dou aulas e formação.

A importância do ensino, como aluno

A educação formal é um aspecto importante do ensino, e a minha começou em 1987 no IADE, com o meu primeiro Curso de Fotografia. Lembro-me bem do encanto do Palácio, na Rua do Alecrim, das pessoas, das experiências e do ar que por lá se respirava. Tinha uns imberbes 19 anos e achava que tinha o mundo todo pela frente. E ainda acho.

Não sendo isto um desenrolar do meu CV - para isso sigam para o meu Linkedin - seguiu-se a Realização Plástica e Cenografia, no IFICT, o Desenho Gráfico e a certificação Adobe Photoshop, na FLAG, os Fundamentos de Visualização e Gestão da Cor, na Gretag Macbeth e a frequência do Mestrado em Design e Cultura Visual, no IADE.

Esta formação formal é crítica e importante, mas o percurso e experiência profissional é igualmente importante. É aí que pomos à prova o conhecimento que obtemos e o enquadramos na prática de trabalho, em situações reais e concretas, é aí que resolvemos problemas e desafios, e isso também é aprender e muito. É neste contexto que lidamos com pessoas, com culturas empresariais diferentes, com a experiência adquirida de uma vida vivida.

Passei por 3 transformações tecnológicas importantes, do filme e papel para o digital e ecrãs, e agora com a nova transformação iniciada com a inteligência artificial. Adoro estes desafios.

Hoje continuo a prender e a estudar muito, agora em contextos e plataformas menos formais, mas igualmente válidas e decisivas.

Sugiro que faça o mesmo, que apreenda tudo o que pode, com quem pode, para melhorar a sua vida e o seu percurso.

A importância do ensino, como professor e formador

Para os que me conhecem bem há uma omissão importante no texto acima, o da formação na Oficina da Imagem, do Carlos Marques. A omissão foi propositada.

O Carlos Marques é e será sempre o meu maior e mais decisivo mestre, e eu tive a sorte de conhecer muitos. Não apenas me ensinou muito na área concreta de ensino a que se propôs entregar mas transmtiu-me valores essenciais para aquilo que viria a ser o começo de uma vida profissional diversa e estimulante. Foi com ele que comecei a fotografar em nome próprio, foi com ele que me iniciei no jornalismo. E foi com ele que aprendi que, como qualquer criador intelectual, o nosso ato maior é o de patilhar, não apenas imagens mas também conhecimento. E foi com esse mote que geri a minha atividade profissional desde então.

Passaram por mim milhares de alunos e formandos ao longo da vida, e o que digo sempre é que o objetivo de qualquer pessoa que deseja partilhar o seu conhecimento, a sua arte, é o de poder mudar a vida de uma pessoa, apenas uma. E se consegui isso, então, aí sim terei realizado algo de que me orgulho. Comecem por uma pessoa e chegarão a muitas.

Sabendo que sei algo, mas sabendo ainda mais que sei muito pouco, se oferecer esse muito pouco ao outro, e esse outro oferecer algo mais ao outro estaremos a criar uma corrente de mudança, para melhor e para todos.

Sugiro que faça o mesmo, que ofereça tudo o que pode, com quem pode, para melhorar a vida de outrém.

Estou a tentar escrever estes textos de forma o mais curta e menos aborrecida possível mas não posso terminar sem as derradeiras palavras do meu último - e aliás, primeiro - blog post neste espaço. Aqui vai poder encontrar as minhas intervenções mais pessoais, menos amarradas ao posicionamento institucional deste website.

É domingo, está mau tempo depois do verão tórrido a que assistimos, mas espero ter-vos por aqui numa próxima visita.

Sejam felizes e vão fazer alguém feliz.